Dedo em riste, Zé das Medalhas se exalta em entrevista
coletiva, quando questionado sobre sua atuação
política durante a Ditadura Militar no Brasil.
Logo mais a seleção brasileira enfrentará a Bolívia (16:30h, Santa Cruz de la Sierra), em jogo amistoso para homenagear o jovem Kevin Espada, morto por um sinalizador disparado por um integrante da torcida organizada do Corinthians. O jogo tem um caráter político, por isso foi marcado as pressas e será realizado em data não prevista pela FIFA. Por causa disso, Felipão contará apenas com jogadores que atuam no Brasil, pois, como não se trata de data oficial FIFA, os clubes europeus não são obrigados a ceder seus atletas. Mais uma vez, a seleção brasileira será usada com fins políticos, meramente ideológicos. Na verdade, esse amistoso faz parte de um esforço coletivo, do qual participam políticos e cartolas brasileiros, que essa semana viajaram à Bolívia para negociar a libertação dos 12 torcedores corintianos, presos desde fevereiro, acusados da morte do jovem torcedor. O próprio técnico da nossa seleção, admitiu que o jogo servirá também para reforçar os "laços de união e amizade entre o Brasil e a Bolívia". Sejamos francos, a ideia é utilizar o prestigio do nosso futebol, representado pela seleção pentacampeã, para resolver esse embrolho jurídico e diplomático.
Até mesmo o ex-presidente Lula (melhor presidente da história do Corinthians), bem como a presidenta Dilma, foram solicitados para falar pessoalmente com o presidente boliviano Evo Morales. A ideia é utilizar o futebol e a influência política e econômica do Brasil para resolver a situação dando uma espécie de carteirada, tratando a Bolívia como uma verdadeira "República das Bananas". Se fossemos uma país realmente sério, essa questão deveria ser resolvida pelas vias legais, não por meio do jeitinho brasileiro. Não estou discutindo a inocência dos torcedores presos. Acho até que é um abuso manter todos detidos, pois, certamente, o sinalizador não foi disparado pelos 12 acusados, que continuam presos sem previsão de julgamento. No entanto, se as autoridades brasileiras acreditam que a prisão desses torcedores é uma injustiça, deveriam utilizar os meios jurídicos e diplomáticos para reverter essa situação. Não posso aceitar que o futebol seja utilizado para fins políticos, afinal, não é para isso que o esporte deveria servir.
Até o pastor Feliciano, presidente da Comissão de Direitos
Humanos, pretende tirar uma casquinha dessa situação.
Sofrendo fortes pressões, parlamentar viaja
à Bolívia para tentar melhor sua imagem.
Como se não bastasse, o presidente da CBF, José Maria Marin, o popular Zé das Medalhas, anunciou que a renda do amistoso seria revertida para a família do torcedor morto. Que vexame, oferecer esmola com chapéu alheio! Se essa entidade fosse realmente séria, deveria se opor a CSF (Confederação Sul-Americana de Futebol), objetivando moralizar o futebol no nosso continente. Para homenagear a memória de Kevin, a CBF tinha que usar sua força, advinda do prestigio do nosso futebol, para organizar o esporte na América do Sul, bem como essa várzea chamada Libertadores. Agressões entre jogadores, truculência da polícia, objetos atirados no campo, resumindo, violência, desorganização e desmandos. Essa é a cara do futebol sul-americano no mundo. Era contra isso que Zé das Medalhas tinha que lutar, somente assim a memória do garoto morto seria verdadeiramente homenageada.
Mas isso é pedir demais a nossa CBF. Além do mais, moralidade não é o forte de Marin, conhecido por apoiar a ditadura, roubar energia elétrica do vizinho e surrupiar uma medalha na Copa São Paulo. Como podemos esperar alguma atitude séria, compromissada e responsável desse tipo de gente? Toda essa situação ficou ainda pior, pois a federação boliviana desmentiu Zé das Medalhas e afirmou que a renda da partida teria que ser dividida com os campeões Sul-Americanos de 1963, além de cobrir outros custos. Indignado, o pai de Kevin disse a reportagem da Folha de São Paulo: "Seria ideal se Marin esclarecesse isso, porque senão nós ficamos como os maus da história". Mais uma vergonha, mais um cambalacho do Zé das Medalhas. Tudo isso mancha ainda mais nossa imagem, tudo isso desgasta ainda mais a nossa seleção, que cada vez mais mobiliza menos o torcedor brasileiro.
Mas isso é pedir demais a nossa CBF. Além do mais, moralidade não é o forte de Marin, conhecido por apoiar a ditadura, roubar energia elétrica do vizinho e surrupiar uma medalha na Copa São Paulo. Como podemos esperar alguma atitude séria, compromissada e responsável desse tipo de gente? Toda essa situação ficou ainda pior, pois a federação boliviana desmentiu Zé das Medalhas e afirmou que a renda da partida teria que ser dividida com os campeões Sul-Americanos de 1963, além de cobrir outros custos. Indignado, o pai de Kevin disse a reportagem da Folha de São Paulo: "Seria ideal se Marin esclarecesse isso, porque senão nós ficamos como os maus da história". Mais uma vergonha, mais um cambalacho do Zé das Medalhas. Tudo isso mancha ainda mais nossa imagem, tudo isso desgasta ainda mais a nossa seleção, que cada vez mais mobiliza menos o torcedor brasileiro.
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