sábado, 20 de julho de 2013

O centenário de um Cruzeiro menos famoso, mas não menos glorioso. Um breve histórico sobre os 100 anos do Estrelado de Porto Alegre.

Escudo do E. C. Cruzeiro de Porto Alegre

Ao longo de todo esse ano de 2013, vários clubes brasileiros completaram ou ainda completarão 100 anos de existência. Nesse mês de julho, o aniversariante que chega ao centenário é o Cruzeiro. Não o mais famoso, o mineiro da cidade de Belo Horizonte, mas um mais antigo, que mesmo sendo mais desconhecido, não deve ser considerado menos glorioso. Trata-se do Cruzeiro de Porto Alegre, que foi fundado em 14 de julho de 1913.

Fundação
O clube surgiu da iniciativa de 18 jovens que, numa noite fria de inverno portoalegrense, reuniram-se no prédio do antigo Cine Ópera para fundar um clube de futebol, esporte que havia chegado há pouco tempo na cidade, mas que já tinha um grande apelo entre os mais novos. Dos dezoito fundadores, cinco tinham ligações com Sport Clube Internacional. Na verdade, tratava-se de um grupo de torcedores, que estavam descontentes com a condução do time Colorado. Insatisfeitos, juntaram-se a outros jovens para fundar seu próprio clube de futebol.
A principio, o novo clube seria batizado com o nome de 14 de julho, referencia ao dia de sua fundação, mas um dos seus fundadores sugeriu que fosse chamado de Cruzeiro, em alusão a constelação Cruzeiro do Sul. Esse nome, que tem como símbolo as cinco estrelas da constelação, teria sido sugerido por conta da ligação que os cinco integrantes fundadores tinham com o Internacional. Diferente de alguns outros clubes, o Cruzeiro tem uma origem mais elitista. Desde a sua fundação, esteve ligado aos intelectuais, a pessoas de esquerda e a estudantes.

Os clássicos com o Inter e o Grêmio e os títulos citadino e estadual
Durante décadas, o Cruzeiro permaneceu como terceira força do futebol gaúcho, rivalizando tanto com o Grêmio quanto com o Internacional, clubes mais antigos, fundados, respectivamente, em 1903 e 1909. Jogando contra os seus rivais, protagonizava o Gre-Cruz e o Inter-Cruz, jogos que, junto com o famoso Gre-Nal, estavam entre os clássicos da capital gaúcha.

Estádio da Montanha, 1959 - Clássico Inter-Cruz. Goleiro Irno sai do 
gol para interceptar cruzamento. O jogo terminou empato por 1 x 1.

Dentre os títulos do Estrelado (nome carinhoso dado pela torcida), os mais importantes foram o campeonato gaúcho (1929) e o tricampeonato portoalegrense (1918, 1921 e 1929), conquistados por um time formado basicamente por estudantes universitários e alunos da Escola Militar de Porto Alegre. Até 1917, o Campeonato Citadino ou Portoalegrense era a única competição oficial disputada na capital gaúcha. O campeonato estadual começou a ser disputado apenas em 1919, por iniciativa da recém criada Federação Rio-Grandense de Desportos.

Taça do Campeonato Gaúcho de 1929. Maior 
conquista da história do Estrelado.

Nessa época, o Campeonato Gaúcho era disputado por regiões. Somente o campeão da cidade de Porto Alegre e os clubes representantes de outras regiões do estado podiam disputar o estadual. Essa fórmula de disputa durou até 1960, no ano seguinte, a competição passou a ser disputada pelos principais times da capital e do interior. Isso valoriza ainda mais os títulos conquistados pela equipe cruzeirista. Numa época em que não existiam competições nacionais, o campeonato da capital e o estadual tinha um peso e uma importância muito grande.

O Estádio da Montanha
Em 1941, o Estrelado da capital gaúcha inaugurou o Estádio da Montanha, um dos mais completos e modernos do país. O primeiro estádio do clube havia sido a Vila Cruzeira, onde jogou até 1920. Em seguida, mudou-se para o Caminho do Meio, uma nova casa, onde permaneceu mandando seus jogos por mais de 18 anos.

Convite de inauguração do Estádio da Montanha.


Fachada da entrada das sociais do antigo Estádio da Montanha.

Na inauguração do novo estádio, no dia 6 de março de 1941, o Cruzeiro enfrentou o São Paulo em uma partida amistosa, vencida pelo alvi-azul por 1 x 0, gol de Gervásio, que assinalou o primeiro gol da Colina Melancólica, nome pelo qual também ficou conhecido o campo do Estrelado. O estádio foi o primeiro do Rio Grande do Sul com túnel de acesso do vestiário para o gramado, além do mais, tinha capacidade para 20.000 expectadores. Já na inauguração, todos esses lugares foram ocupados pela torcida cruzeirista, que fez uma grande festa diante da vitória sobre o tricolor paulista.

Cruzeiro 1 x 0 São Paulo - Lance do jogo amistoso, que inaugurou
 o Estádio da Montanha, em 1941.

Torcedores cruzeirista lotam as sociais do Estádio da Montanha 
na inauguração contra o São Paulo.

Campo de jogo do Estádio da Montanha, batizada também de
Colina Melancólica pelos torcedores.

O Cruzeiro entre as décadas de 1940 e 1970: mais títulos e a contratação de um técnico húngaro
Entre as décadas de 1940 e 1960, o clube voltou a conquistar alguns títulos de menor importância, como torneios e taças disputadas em âmbito local e estadual. Em 1943, por exemplo, ganhou o Torneio Início, a Taça da Cidade e o Campeonato Extra de Porto Alegre. Quatro anos depois, ou seja, em 1947, voltou a ser campeão da Taça Cidade de Porto Alegre, enquanto nos anos de 1951 e 1962 conquistou, novamente, o Torneio Início da capital gaúcha.

Equipe do Cruzeiro do final da década de 1940.

Time do Cruzeiro de 1954 - Em pé: Valdão, Laerte Terceiro, Dioli, 
Danton, Laerte Segundo e Leo. Agachados: Rubens Hoffmeister, 
Nardo, Orcelli, Casquinha e Jarico.

Na temporada de 1945, contratou o técnico húngaro Emerich Hirchl, que havia treinado uma série de clubes argentinos, tais como Gimnasia y Esgrima, River Plate, Rosário Central, San Lorenzo e Banfield. Foi o primeiro treinador estrangeiro a dirigir times do futebol profissional argentino. No Rio Grande do Sul, também entrou para a história junto com o Cruzeiro, que tornou-se o primeiro clube gaúcho a contratar um técnico estrangeiro. Ao desembarcar em Porto Alegre, o treinador húngaro trouxe para o Estrelado uma famosa dupla de atacantes italianos, Flamini e Lombardini, que já haviam atuado pela seleção nacional e por clubes como Lazio, bem como outros importantes times argentinos.

A inédita excursão entre os anos de 1953-1954
O pioneirismo da equipe cruzeirista se fez presente em outros momentos da história do clube e do futebol gaúcho. Em 1917, por exemplo, propôs a regulamentação da entrada de jogadores estrangeiros nos clubes gaúchos, algo que já acontecia em São Paulo e Buenos Aires. Esse espírito pioneiro se fez sentir também entre 1953-1954, quando viajou para Europa, Ásia e Oriente Médio, tornando-se o primeiro clube gaúcho a excursionar para jogar fora do país.

Equipe cruzeirista posando para fotografia no navio durante a 
pioneira viajem de excursão de 1953.

Time do Cruzeiro que empatou com o poderoso Real Madrid 
de Di Stéfano.

O ponto alto dessa excursão, sem dúvida, foi o empate contra o poderoso Real Madrid de Di Stéfano, no estádio Chamartín, atual Santiago Bernabéu. Mas o Cruzeiro também enfrentou outros grandes clubes do futebol europeu, tais como Lazio, Torino, Toulousse, Espanhol, Galatasaray, Besiktas e Fenerbahçe, entre outros grandes times. No geral, o saldo da viajem foi bastante positivo. Em 15 jogos, a equipe cruzeirista venceu sete, empatou quatro e perdeu as outras quatro partidas, marcou 28 gols e sofreu 20.

Real Madrid 0 x 0 Cruzeiro - Lance do jogo que garantiu um 
resultado histórico para o Estrelado.

Jogadores do Cruzeiro e da seleção israelense posando para fotografia 
antes da partida. O Estrelado foi o primeiro time brasileiro 
a jogar no Estado de Israel, em janeiro de 1954.

Recepção calorosa, marcada por uma grande festa, no 
retorno da excursão no início de 1954.

Uma nova excursão e a inédita conquista intercontinental
Em 1960, o Cruzeiro fez uma nova excursão, dessa vez apenas pela Europa. Ao longo da viajem, enfrentou vários clubes da Europa Ocidental, Escandinávia e Leste Europeu. Dentre os principais equipes, merecem destaque o Sevilha, o Espanhol, o Anderlecht e as seleções da Checoslováquia, Bulgária e Dinamarca (equipe Olímpica). Novamente, voltou com resultados bastante positivos. Em 24 partidas, venceu onze, empatou seis e perdeu sete, marcando 39 gols e sofrendo 35.

Equipe cruzeirista de malas prontas para retornar à Europa, em 1960.

Mais uma vez, o Estrelado fez história. Em terras europeias, depois de enfrentar vários times alemães, conquistou o Torneio de Páscoa de Berlim (um importante campeonato na época), transformando-se no primeiro clube gaúcho a ganhar um título intercontinental. Em 1961, numa nova excursão à Argentina, o Cruzeiro conquistou a primeira edição do Torneio de Páscoa de Mar del Plata, seu segundo título internacional.

Time do Cruzeiro que viajou para Europa em 1960. A foto foi tirada antes 
da partida contra o Figueres. Os donos da casa jogaram reforçados por 
Joel, Didi, Evaristo de Macedo e Vavá. Os quatro grandes jogadores
 brasileiros jogavam na Espanha e também aparecem na foto.

Os destaques da conquista inédita em terras europeias.

Da decadência a volta por cima: a desativação e o retorno a elite do futebol gaúcho
No final da década de 1960, a equipe cruzeirista começou a entrar em crise e iniciou um período de franca decadência. O clube que incomodava os grandes durante seus primeiros 50 anos de existência, quando chegou a ser considerado a terceira força do futebol gaúcho, começava a se desfazer e com o tempo passou a não existir mais. O Estádio da Montanha, motivo de orgulho da torcida, foi vendido e transformou-se em um cemitério. O clube até chegou a construir um novo estádio, em 1977, batizando-o de Estrelão. Seu último grande suspiro, no entanto, foi o título da Copa Taça Governador do Estado, conquistada em 1970.

Cruzeiro 0 x 0 Pelotas - Inauguração do 
novo estádio Estrelão, em abril de 1977.

Time campeão da Taça Governador do Estado em 1970. Em pé: 
Henrique, Miguel, Ortunho, Bido e Arceu. Agachados: 
Arlém, Arnaldo, Joãozinho, Pio e Laoni.

Mais uma foto do Cruzeiro de 1970, campeão da 
Taça Governador do Estado.

Em 1979, o Cruzeiro acabou sendo desativado, voltando ao futebol somente em 1991, ou seja, depois de mais de 20 anos. De lá pra cá, o Estrelado passou por maus bocados, chegando a disputar, inclusive, a 3° divisão do Campeonato Gaúcho. A partir dos anos 2000, o alvi-azul passou a investir na base e, como resultado, conquistou o título da Série B do estadual, conseguindo o acesso para elite do futebol gaúcho.

Mascote do time do Cruzeiro. Batizado carinhosamente de Leão 
da Montanha, em alusão ao antigo estádio do clube.

Recentemente, o clube negociou novamente o seu estádio, o Estrelão, construído em 1977. Em troca, receberá um novo e moderno estádio, no formato dessas novas arenas, em Cachoeirinha, região metropolitana de Porto Alegre. De volta a primeira divisão, e com um novo estádio, que será inaugurado em 2014, o centenário Cruzeiro espera reviver as glórias e conquistas do passado.

Hino do E. C. Cruzeiro - Letra e música do violinista e compositor gaúcho 
Túlio Piva, que se dedicou ao samba, ao choro e a música popular.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Olímpia e Atlético-MG fazem final inédita de Libertadores. Confira o histórico de confrontos entre as equipes, que já decidiram uma Conmebol em 1992.

Principio de confusão em um dos jogos pela fase de grupos da
  Libertadores de 1981. (Fonte: Revista Placar).

Depois de 21 anos, Atlético-MG e Olímpia voltam a se enfrentar em uma competição sul-americana. Coincidentemente, o último confronto entre as duas equipes também havia sido em uma final, não da Libertadores, mas da antiga Copa Conmebol, extinta em 1999. O Galo sagrou-se campeão, transformando-se no primeiro clube que conquistou essa competição, cuja primeira edição foi disputada em 1992. Nos dois jogos decisivos, ganhou dos paraguaios no primeiro confronto por 2 x 0, no Mineirão, já na segunda partida perdeu por 1 x 0 fora de casa, mas conquistou o título no saldo de gols, afinal, no placar agregado venceu por 2 x 1.
Na Libertadores, Atlético-MG e Olímpia já protagonizaram quatro confrontos ao longo da história da competição, todos pela fase de grupos. Em 1972, logo na primeira participação do Galo no torneio, foram dois empates: 0 x 0, em Belo Horizonte, 2 x 2, em Assunção. Os outros dois jogos ocorreram em 1981, ano da polêmica partida contra o Flamengo, que estava no grupo 3, junto com Atlético-MG, Olímpia e Cerro Porteño. Dessa vez, um novo empate por 0 x 0 na capital paraguaia e uma vitória atleticana por 1 x 0, na capital mineira.
O retrospecto entre as equipes, portanto, mostra que os confrontos sempre foram muito equilibrados. De um total de seis jogos, todos válidos por competições sul-americanas, contabiliza-se duas vitórias para o Atlético-MG, uma para o Olímpia e três empates. A equipe brasileira marcou 5 gols, enquanto a paraguaia balançou as redes do seu adversário em três oportunidades. O Galo nunca venceu o Olímpia nos Defensores del Chaco, mas também nunca perdeu para os paraguaios jogando no Mineirão. Em todos esses confrontos, os placares sempre foram muito magros e apertados. Por conta de todo esses histórico, bem como das atuais campanhas das equipes, a final promete ser muito equilibrada e disputada.

Oldair, lateral do Galo, em uma das partidas contra o Olímpia na Libertadores
 de 1972. O jogador atleticano foi um dos 5 atletas do time mineiro expulsos,
 depois de uma confusão contra os paraguaios.

Os atleticanos não podem esquecer, no entanto, o tamanho do Olímpia, que tem muito mais tradição do que o clube mineiro nessa competição sul-americana. Chega a sétima decisão, em 37 participações. É tricampeão (1979, 1990 e 2002), tem três vice campeonatos e chegou seis vezes as semifinais. Conquistou também o Mundial de Clubes (1979), a Copa Interamericana (1979), a Supercopa Sul-Americana (1990) e a Recopa Sul-Americana (1991 e 2003). Como se não bastasse, possui ainda 39 títulos nacionais, nenhum clube tem mais conquistas, o que faz do Olímpia o maior campeão paraguaio. É o clube mais popular do Paraguai, dona da maior torcida do país.
O Galo também é um clube bastante popular, tem um torcida de massa, no entanto, mais restrita a capital mineira. É considerado um clube grande no Brasil, mas há anos não conquista um título relevante, de expressão nacional ou internacional. Dentre os principais títulos estão os 41 campeonatos estaduais, 1 Campeonato Brasileiro (1971) e 2 Copas Conmebol (1992 e 1997). No ranking da Libertadores, publicado esse ano pela revista Placar, o Atlético-MG ocupa apenas a posição 70 (37 pontos), enquanto o Olímpia aparece na 6° colocação (312 pontos).
Os paraguaios se apoiarão, sobretudo, nesse histórico e na tradição para conquistar mais uma vez o principal campeonato sul-americano. O clube mineiro, por sua vez, deve se apegar ao bom futebol que vem demostrando ao longo da competição. Time por time, não resta dúvida que o Galo é superior, mas na Libertadores... camisa, experiência e tradição costumam pesar bastante no momento da decisão. Por isso, é bom o Galo ficar esperto!

Gols dos dois jogos finais da Copa Conmebol de 1992. O Galo sagrou-se
campeão com um placar agregado de 2 x 1. Em Belo Horizonte venceu
 por 2 x 0, em Assunção perdeu por 1 x 0.

Resumo: competições oficiais

Olímpia
X
Atlético-MG
6
Partidas jogadas
6
1
Vitórias
2
3
Empates
3
2
Derrotas
1
3
Gols a favor
5
5
Gols sofridos
3

Lista de jogos:

Libertadores
Atlético-MG 0 x 0 Olímpia (Fase de Grupos - 1972)
Olímpia 2 x 2 Atlético-MG (Fase de Grupos - 1972)
Olímpia 0 x 0 Atlético-MG (Fase de Grupos - 1981)
Atlético-MG 1 x 0 Olímpia (Fase de Grupos - 1981)

Copa Conmebol
Atlético-MG 2 x 0 Olímpia (Final - 1992)
Olímpia 1 x 0 Atlético-MG (Final - 1992)

Olímpia x Atlético-MG, um raio X da grande final da Libertadores

Último confronto entre as equipes, na final da Copa Conmebol de 1992.
 Naquela oportunidade, o Galo acabou sagrando-se campeão.

Depois de uma semifinal emocionante, o Atlético-MG terá pela frente o tradicional Olímpia (Paraguai) na grande decisão da Libertadores. O jogo promete ser emocionante, tenso, pegado, disputado, catimbado, enfim, uma final típica, com todas as características do principal torneio sul-americano. Observando os números da competição, percebemos que os finalistas chegam a essa decisão com ótimas campanhas.
O Galo, por exemplo, em 12 jogos, venceu 8, empatou 2 e perdeu 2 partidas. Fez um total de 26 pontos, com saldo de 27 gols marcados e 16 sofridos. Está invicto em casa, com 5 vitórias e 1 empate. Fora de seus domínios, venceu 3, empatou 2 e perdeu 1 partida. Em relação aos gols, assinalou 16 e sofreu 6 jogando em casa, já fora marcou 11 e levou 10 gols.
O time paraguaio, por sua vez, nos mesmos 12 jogos, venceu 7, empatou 2 e perdeu 3 confrontos. Somou 23 pontos, com um saldo de 23 gols marcados e 11 sofridos. Também está invicto em casa, onde venceu por 5 vezes, empatando apenas 1 partida. Na casa dos adversários, conquistou 2 vitórias e 1 empate, sendo derrotado em 3 oportunidades. Assinalou 15 tentos e sofreu apenas 4 jogando em casa, já fora de seus domínios, marcou 8 e levou 7 gols.
Todos esses números permitem observar mais detalhadamente a campanha dos finalistas, oferecendo-nos uma espécie de raio X dessa grande decisão. Por meio desse panorama, podemos constatar que os clubes tiveram uma trajetória bastante semelhante, ambos fizeram um ótimo campeonato. São as duas melhores equipes da competição. O Galo tem a melhor campanha, melhor ataque do campeonato, mas é seguido justamente pelo Olímpia, que tem a segunda melhor campanha, com uma das melhores defesas do torneio. Exatamente por isso, é muito difícil arriscar qualquer prognostico.
A verdade é que a decisão está em aberto. Qualquer um dos dois times pode ser campeão. O Atlético-MG tem uma equipe mais entrosada, mais técnica, com mais conjunto e futebol mais vistoso, talvez, por isso, até tenha um certo favoritismo. Mas o Olímpia tem mais tradição na competição: participou várias vezes, conquistou três títulos, disputará sua sétima final. Tudo isso pesa muito, ainda mais numa torneio como a Libertadores.

domingo, 14 de julho de 2013

Com um histórico de poucos confrontos, Treze e Luverdense se enfrentam pela Série C do Brasileirão.


Depois de vencer o Baraúnas na última rodada da Série C do Brasileirão, o próximo desafio do Treze será contra o Luverdense. A partida será realizado no estádio Passo das Emas, em Lucas do Rio Verde, Mato Grosso. As duas equipes venceram seus jogos na última rodada, por isso vêm embaladas para esse confronto.
Com 7 pontos em 4 jogos, a equipe mato-grossense ocupa a quarta colocação do grupo. Se vencer a partida chegará aos 10 pontos, mesma pontuação do líder Fortaleza. O time paraibano, por sua vez, somou 4 pontos, mas tem uma partida a menos em relação ao seu adversário. O Galo da Borborema ocupa a sétima posição na tabela. Se conquistar os 3 pontos fora de casa, encosta na zona de classificação, formada pelos quatro primeiros colocados do grupo.
Essa será a terceira partida entre as duas equipes, que se enfrentaram pela primeira vez apenas no ano passado, em dois jogos, também pela fase de grupos da Série C do Brasileirão. Diferente do Treze, criado em 1925, o Luverdense é um clube bastante jovem. O time mato-grossense foi fundado em 2004, tem aproximadamente 13 anos. Isso explica o baixo número de confronto entre as duas equipes.
O retrospecto dos jogos realizados mostra que, dos dois confrontos realizados, cada uma das equipes venceu uma partida. O Treze marcou 3 gols, já o Luverdense balançou as redes adversárias 3 vezes. Portanto, o confronto de logo mais será uma espécie de tira-teima. A promessa é de que seja bastante disputado. Não será um jogo fácil, mas o Treze tem condições de vencer, como fez ano passado, quando bateu a equipe mato-grossense por 2 x 0, mesmo jogando fora de casa.


Gols de Luverdense 0 x 2 Treze - Fase de Grupos da Série C
do Brasileirão 2012.


Gols de Treze 1 x 2 Luverdense - Fase de Grupos da Série C
do Brasileirão 2012.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Treze e Baraúnas, conheça a história desse confronto, que terá mais um capítulo pela Série C do Brasileirão.

Baraúnas 0 x 1 Treze - Gols e melhores momentos da partida, válida pela
 fase de grupos da Série C do Brasileirão 2004.

Com o fim da Copa das Confederações, o Treze volta a campo para disputar a 1° fase da Série C do Campeonato Brasileiro. Nessa próxima quarta-feira (10, 20:30h), o Galo da Borborema enfrentará o Baraúnas, no estádio Marizão, em Caicó, pela 3° rodada da competição nacional. O time paraibano somou apenas 1 ponto em dois jogos, por isso ocupa a nona posição, a antepenúltima da tabela, que lhe coloca na zona de rebaixamento. Já a equipe potiguar ocupa a sexta colocação com 4 pontos, mas com três jogos, um a mais que o seu adversário.
A partida é muito importante para ambas as equipes. Para o Treze, a vitória permite se aproximar da zona de classificação, já para o Baraúnas possibilita ocupar um lugar entre os classificados para a próxima fase. O confronto marca, também, o encontro entre os atuais vice-campeão paraibano e o terceiro colocado do campeonato potiguar. Considerando o desempenho dos clubes em seus respectivos estados, bem como a nível nacional, não restam dúvidas que a equipe paraibana é bem mais tradicional que a potiguar. O Galo tem 15 títulos estaduais (terceiro maior campeão paraibano) contra apenas 1 do Baraúnas. Tem ainda mais participações e resultados expressivos nas competições nacionais.
Historicamente, nos confrontos diretos, o Treze leva uma ligeira vantagem sobre o time potiguar. Em 7 jogos, todos válidos por competições nacionais (Brasileirão Série B e C), a equipe paraibana venceu 3, empatou 3 e perdeu apenas 1 partida, tendo marcado ainda 13 gols e sofrido 10 do seu adversário. O último confronto entre as duas equipes foi em 2005, também pela Série C do Brasileirão, durante a fase de grupos dessa competição. A partida foi disputada no estádio Amigão, em Campina Grande, e terminou empatada por três a três. Fora dos seus domínios, o Treze tem um bom retrospecto contra o Baraúnas. Em quatro jogos, venceu 2, empatou 1 e perdeu 1 partida.
A última vitória do Galo sobre o time potiguar aconteceu em 2005, pela fase de grupos da Série C do Brasileirão, quando venceu por 3 x 1, mesmo jogando fora de casa. A única derrota ocorreu há mais de 30 anos: perdeu por 3 x 2, em 1980, disputando a fase de grupos da Série B do Brasileirão. A equipe paraibana entrará em campo para defender todo esse bom retrospecto, já o time potiguar buscará quebrar essa incomoda sequência sem vitórias, que dura mais de 30 anos. Além disso, os três pontos é fundamental para as equipes na competição. Em meio a todos esses ingredientes, a expectativa é de um bom jogo.

Treze 3 x 3 Baraúnas - Gols e melhores momentos. Último confronto entre as
equipes, que disputaram a fase de grupos da Série C do Brasileirão em 2005.

Resumo: competições oficiais

Baraúnas
X
Treze
7
Partidas jogadas
7
1
Vitórias
3
3
Empates
3
3
Derrotas
1
10
Gols a favor
13
13
Gols sofridos
10

Lista de jogos:

Campeonato Brasileiro - Série B
Baraúnas 3 x 2 Treze (Taça de Prata, Fase de Grupos - 1980)
Treze 1 x 1 Baraúnas (Fase de Grupos - 1989)
Baraúnas 0 x 0 Treze (Fase de Grupos - 1989)

Campeonato Brasileiro - Série C
Baraúnas 0 x 1 Treze (Fase de Grupos - 2004)
Treze 3 x 2 Baraúnas (Fase de Grupos - 2004)
Baraúnas 1 x 3 Treze (Fase de Grupos - 2005)
Treze 3 x 3 Baraúnas (Fase de Grupos - 2005)

domingo, 7 de julho de 2013

CSA e Botafogo-PB buscam a primeira vitória pela Série D do Brasileirão. Confira a história desse confronto, marcado por um incrível equilíbrio.

CSA 0 x 1 Botafogo-PB - Gols e melhores momentos. Jogo válido pela fase
 de grupos da Copa do Nordeste de 1994.

Depois de algumas semanas, o Botafogo-PB, finalmente, volta a campo pela Série D do Campeonato Brasileiro, paralisado em virtude da Copa das Confederações. Logo mais, no Estádio Rei Pelé, em Maceió, enfrentará o CSA pela 3° rodada da competição nacional. Com dois pontos ganhos, o Belo ocupa a terceira colocação do grupo, atrás do líder Sergipe (4 pontos) e do Vitória da Conquista, vice-líder (3 pontos). O time alagoano, por sua vez, com um jogo a menos em relação aos adversários, amarga a lanterna.
A partida colocará frente a frente o campeão paraibano e o vice alagoano. Ela terá contornos decisivos para ambas as equipes, que ainda buscam a primeira vitória na competição. Os três pontos são importantíssimos em termos de classificação, por isso o jogo promete ser muito disputado.
Tanto o time paraibano quanto o alagoano são bastante tradicionais em seus estados, assim como na região Nordeste. O CSA é o maior campeão de Alagoas, da mesma forma que o Botafogo é o maior campeão da Paraíba. No retrospecto entre as duas equipes, prevale um incrível equilíbrio. Em 18 jogos, disputados em competições nacionais (Brasileirão série A, B e C) e regionais (Copa do Nordeste), foram 6 vitórias, 6 empates e 6 derrotas para cada um dos times. Os alagoanos marcaram 26 gols, enquanto os paraibanos balançaram as redes 24 vezes.
O último confronto entre as duas equipes ocorreu em 2010, num jogo válido pela 1° fase da Copa do Nordeste. A partida, que foi disputada no Almeidão, em João Pessoa, terminou com um empate sem gols. Jogando fora de casa, o Botafogo-PB não chega a ter um desempenho ruim. Em nove confrontos, venceu 3, empatou 2 e perdeu 4 partidas. A última vitória do time paraibano sobre a equipe alagoana foi há mais ou menos 10 anos: 2 x 1, na fase de mata-mata da Série C do Brasileirão, em 2003. Certamente, os torcedores do Belo não deixarão de ser apegar a esse retrospecto, que não deixa de dar esperanças, mesmo diante do equilíbrio, construído ao longo da história desse confronto.

Resumo: competições oficiais

CSA
X
Botafogo-PB
18
Partidas jogadas
18
6
Vitórias
6
6
Empates
6
6
Derrotas
6
26
Gols a favor
24
24
Gols sofridos
26

Lista dos jogos:

Campeonato Brasileiro - Série A
Botafogo-PB 1 x 1 CSA (Fase de Grupos - 1976)
CSA 3 x 5 Botafogo-PB (Fase de Grupos - 1976)
CSA 3 x 1 Botafogo-PB (Fase de Grupos - 1977)
Botafogo-PB 1 x 1 CSA (Fase de Grupos - 1985)
CSA 5 x 1 Botafogo-PB ( Fase de Grupos - 1985)

Campeonato Brasileiro - Série B
CSA 0 x 0 Botafogo-PB (Fase de Grupos - 1972)
Botafogo-PB 1 x 3 CSA (Fase de Grupos - 1972)

Campeonato Brasileiro - Série C
Botafogo-PB 2 x 1 CSA (Fase de Grupos - 1998)
CSA 1 x 0 Botafogo-PB (Fase de Grupos - 1998)
CSA 1 x 2 Botafogo-PB (Segunda Fase/ Mata-Mata - 2003)
Botafogo-PB 2 x 2 CSA (Segunda Fase/ Mata-Mata - 2003)

Copa do Nordeste
Botafogo-PB 3 x 0 CSA (Torneio José Américo de Almeida Filho, 1° Fase - 1976)
CSA 0 x 1 Botafogo-PB (Fase de Grupos - 1994)
CSA 0 x 0 Botafogo-PB (Fase de Grupos - 2000)
Botafogo-PB 3 x 0 CSA (Fase de Grupos - 2000)
Botafogo-PB 1 x 2 CSA (1° Fase - 2001)
CSA 3 x 0 Botafogo-PB (1° Fase - 2002)
Botafogo-PB 0 x 0 CSA (1° Fase - 2010)

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Guia do Brasileirão - uma ótima fonte de leitura e consulta sobre o campeonato nacional.

Guia do Brasileirão 2013 - uma ótima fonte, recheada de
 informações, ideal para jornalistas esportivos, pesquisadores
 ou simples curiosos interessados no tema.

O Campeonato Brasileiro voltará a ser disputado nesse final de semana, após semanas de paralisação, em virtude da Copa das Confederações. Após cinco rodadas, os clubes entrarão em campo pela sexta rodada da competição nacional. Para os que desejam acompanhar o campeonato mais detidamente, com dados, números e informações, sugiro o Guia do Brasileirão 2013 da Placar.
Lançado anualmente como edição especial, o guia sofreu pequenas alterações. Sua capa foi reformulada, alguns dados foram reagrupados, dentre outras pequenas mudanças. Apesar das alterações, o guia continua a ser um ótimo material de consulta, que oferece um verdadeiro raio X dos clubes que disputam o campeonato nacional. Existem seções que tratam de cada um dos participantes das Séries A e B, onde são veiculadas informações sobre a fundação, os endereços do site e redes sociais, o estádio, a lista dos títulos, a receita, os patrocínios, os uniformes, o esquema tático, a ficha técnica dos jogadores e técnico, as campanhas ao longo da história da competição e diversas estatísticas e recordes relacionadas ao desempenho dos clubes.
Além disso, existe ainda uma seção intitulada "Placarpédia", bastante recheada de informações e dados sobre a história do Campeonato Brasileiro. Esse segmento da revista destaca os recordes, os Bolas de Prata, trata da era dos ponto corridos, oferece o ranking dos clubes e a lista de todos os campeões da competição. De quebra, fornece informações sobre os estádio e os árbitros, abordando, brevemente, as Série C e D, bem como a Copa do Brasil.
O material é muito bem ilustrado, contando, inclusive, com fotos antigas, que fazem parte da história do campeonato. É rico em informações, dados, números e estatísticas, sendo ainda acompanhado por tabelas das Séries A e B. O guia é uma ótima dica cultural sobre o tema, pois contempla a leitura e a consulta. O material é ideal para jornalistas esportivos, bem como para pesquisadores, ou simplesmente curiosos, interessados em saber um pouco mais sobre o Campeonato Brasileiro.