sábado, 30 de março de 2013

O Campeonato Paraibano chega a sua 5° rodada. Confira os jogos, a situação dos times e a classificação do 2° turno.



O Campeonato Paraibano chega a sua 5° rodada nesse final de semana. Em João Pessoa, o vice-líder Auto Esporte receberá o Campinense, terceiro colocado da competição e atual campeão da Copa do Nordeste. Depois da derrota no Botauto, o alvirrubro da capital precisa vencer a partida para retomar a boa campanha no campeonato. Se ganhar, o Clube do Povo mantem-se na zona de classificação, mas pode até voltar a liderança caso o Sousa perca ou empate. Para a Raposa, a vitória é importantíssima, pois permitirá alcançar a vice-liderança, colocando-se na zona de classificação. Em Cajazeiras, o Atlético enfrentará o CSP, no jogo entre o sétimo e o quarto colocado da competição. Assim, enquanto o time do sertão buscará vencer para sair da incomoda penúltima posição, a equipe pessoense almeja um resultado positivo para continuar subindo na tabela.
Em Campina Grande, o já classificado Treze medirá forças com o Sousa, em um jogo que promete ser muito bom. Para o Galo, é importante vencer, pois um bom resultado contra o time do sertão permitirá não apenas melhorar a classificação, mas também dar ritmo e competitividade a equipe, que ganharia bastante moral, afinal, derrotaria o líder. O Sousa, por sua vez, jogará focado, pesando em manter a liderança, que lhe possibilitará continuar na zona de classificação. Depois da péssima campanha na Copa do Nordeste, avançar para a próxima fase é algo fundamental para o Dinossauro. Finalmente, em Patos, o lanterna Nacional jogará com o Botafogo-PB, atualmente na quinta posição, mas já classificado também para a fase final. A situação é bem parecida com o jogo de Campina Grande. Isso porque, o time do sertão joga para se classificar, enquanto o time da capital busca vencer para ganhar moral, ritmo de jogo e competitividade. Todas as partidas serão realizadas nesse domingo (31 fev.) a tarde. Confira os jogos, os horários e os locais  dos jogos.

Auto Esporte x Campinense (16h, Graça)
Atlético x CSP (16h, Perpetão)
Treze x Sousa (17h, Presidente Vargas)
Nacional x Botafogo-PB (17h, José Cavalcanti).

Estádio novo, problemas velhos. Tumulto, violência e truculência na venda de ingressos para o Ba-vi que inaugurará a Fonte Nova.

O estádio é novo, mas os problemas são velhos. No novo estádio 
da Fonte Nova torcedor continua sendo tratado como 
gado, como bandido, não como consumidor.

A manhã dessa Sexta-Feira Santa foi marcada por tumultos e muito corre-corre em Salvador. Inacreditavelmente, o sururu ocorreu durante a venda de ingressos para o clássico Ba-Vi, que inaugurará o novo estádio da Fonte Nova, também (re)construído para a Copa do Mundo do Brasil. As entradas para o jogo estavam sendo vendidas nas bilheterias da "nova Arena", que deveria representar uma nova fase do futebol brasileiro. Pelo menos, foi isso que as autoridades disseram pra gente para justificar a realização de uma Copa em nosso país. O tal do legado! Esse foi mais um dos argumentos usados para legitimar o evento da FIFA, que está muito longe de ajudar a resolver as mazelas que habitam o nosso futebol, da mesma forma que está muito longe de representar os verdadeiros interesses da sociedade brasileira.
As imagens são verdadeiramente vergonhosas. Torcedor tratado como gado, como bandido! Bomba de gás  lacrimogênio, spray de pimenta, cacetete, chutes e socos. Tudo muito feio! Como nos propomos a realizar uma Copa do Mundo, se não conseguimos nem vender ingressos? Pela internet, as vendas mal começaram e o site saiu do ar, não aguentou a quantidade de acessos. Nas bilheterias do novo estádio, muita desorganização: filas sem o mínimo de organização, desrespeito, falta de educação, truculência, dentre outras coisas. Mostramo-nos ser incapazes de oferecer algo básico, não conseguimos organizar minimamente uma partida de futebol. É realmente muito constrangedor! Com a realização da próxima Copa e Olimpíada no Brasil, os olhos do mundo estão voltados para o nosso país. Essas imagens, assim como a interdição do Engenhão, entre outras notícias vergonhosas, certamente circularam por todo o planeta. Mais um vexame que mancha a imagem do Brasil perante os demais países do mundo.

Isso é o Brasil! Vamos realizar uma Copa, mas não 
conseguimos vender ingressos.

Contraditoriamente, os defensores da Copa no Brasil diziam que a realização do evento serviria mostrar ao mundo as nossas capacidades empreendedoras. A ideia era demonstrar que estamos preparados, somos organizados, civilizados, um país emergente, com economia crescente e estável, quase desenvolvidos, praticamente primeiro mundo. Mas o tiro saiu pela culatra! Que ironia, que vergonha. Somente os ingênuos, os tolos, os patriotas vazios e os mal intencionados realmente acreditaram nessa falácia, nesse discurso ideológico, que objetivava, na verdade, escamotear a farra, a derrama, o desperdício do dinheiro público. Quanto a isso, as denuncias se sucedem, os escândalos não param: superfaturamentos, desvios de recursos, fraude nas licitações, orçamentos estourados, obras atrasadas, violência nos estádios, desorganização, e por ai vai. É isso que estamos mostrando para todo o mundo. Essa é a nossa verdadeira cara, a verdadeira imagem que passamos ao mundo.
Construído em regime de PPP (Parceria Público Priva), a Fonte Nova estava orçada inicialmente em 591,7 milhões, mas seu custo final não saíra por menos de 688,7 milhões de reais. Dentre os 12 estádios construídos para Copa, esse é o 5° mais caro até o momento. Segundo os responsáveis, o pequeno aumento de 97 milhões de reais deveu-se ao acréscimo de 8 itens aditivos, incorporados para atender "novas exigências técnicas da FIFA". Mas a entidade máxima do futebol não já tinha aprovado o projeto inicial? Ela já não tinha conhecimento do projeto? Por que essas exigências não foram feitas ainda na fase de orçamento? Por que elas só foram feitas durante a execução do projeto, justamente durante a construção? Tudo isso deveria ser esclarecido, afinal tem muito dinheiro público nesse montante de quase 700 milhões de reais. Mas não será, pois estamos no Brasil, por isso tudo acabará em pizza. Não adianta termos estádios novos, mas permanecermos com as mesmas práticas. Sozinho, a construção dos estádios não refletirão as mudanças tão almejadas, desejadas e esperadas para o futebol e para a sociedade brasileira.

Imagens muito feias, verdadeiramente vergonhosas. Os olhos 
do planeta voltam-se para o Brasil, que cada vez mais 
mancha sua própria imagem perante o mundo.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Brasil, mostra a tua cara! Após consumir quase 700 milhões de reais, Mineirão apresenta falhas no acabamento meses depois de sua inauguração.

O mal acabamento de um Mineirão que custou quase 700 milhões
 de reais (Fotos retiradas do blog do Juca Kfouri)

Os escândalos, desmandos, descasos, superfaturamentos, fraudes nas licitações e demais falcatruas não param de aparecer quando o assunto é construção de estádios para a Copa do Mundo do Brasil. Essa semana, o jornalista Juca Kfouri revelou em seu blog (O acabamento do Mineirão) fotos estarrecedoras, verdadeiramente vergonhosas, que mostram falhas no acabamento do Mineirão. É realmente inadmissível! Como pode um estádio, inaugurado há apenas alguns poucos meses, que custou 695 milhões de reais, apresentar problemas grotescos como os que aparecem nessas imagens? Mais revoltante é saber que inicialmente essa obra havia sido orçada em 400 milhões de reais. Mas no Brasil, sabe como é né? Durante a construção os valores foram mudando. Coisa pouca, dinheiro pouco, merreca, troco do café. E assim, o que era 400 virou 607, depois 677, que também foram insuficientes, pois a conta final chegou a quase 700 milhões de reais!
Desde a sua (re)construção, o Mineirão foi alvo de investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (Procuradoria da República de Minas Gerais), que denunciaram várias irregularidades. Nada de grave! O mesmo de sempre! suspeitas de superfaturamento, desvio de recursos públicos, inexistência de licitação, improbidade administrativa, e por ai vai (veja o link que se segue mostrando as investigações e denuncias relacionadas ao Mineirão). Na construção dos demais estádios a coisa não muda muito. As denuncias se repetem! Mas alguém vai ser responsabilizado por isso? Provavelmente não! Por isso, a derrama de dinheiro público continuará. A interdição do estádio do Engenhão, fechado por conta de problemas estruturais na sua cobertura, é o carro chefe dessa vergonha nacional e internacional. É duro, mas é verdade. O grande legado do Pan de 2007, que custou 380 milhões de reais, pode desmoronar. E assim vamos nós. E a Copa?
A Copa! Para justificar a sua realização, os políticos, os empresários, em uma palavra, os poderosos, elaboraram as mais diversas falácias. Diziam eles: "essa será a Copa da iniciativa privada"; "o evento trará enormes lucros para o Brasil"; "nosso país ganhará inúmeros legados que beneficiarão toda a população";"essa é a chance de mostrar para o mundo que somos capazes, oportunidade única de mostrar quem somos, demonstrar o nosso valor, nosso empreendedorismo". Realmente, não tem como contestar, não dá para discordar. Essa gente poderosa tem razão! Estamos verdadeiramente mostrando ao mundo quem somos e do que somos capazes. Sem nenhum pudor, exibimos nossa verdadeira face, notadamente marcada pela corrupção, pela cultura do cambalacho, pela falta de responsabilidade e respeito com a coisa pública. Mas não pára por ai, o prazo vai para além de 2014. Isso significa que as nossas grandes "capacidades" ainda poderão ser exibidas ao mundo por mais alguns anos. Afinal, ainda temos as Olimpíadas de 2016. Como diz Galvão Bueno, narrador da Globo, que com o seu silêncio não deixa de compactuar com tudo isso:"É amigo... Haja coração!"

Viva essa energia! Viva essa alegria! Viva a farra do dinheiro público! Com problemas estruturais, Engenhão é interditado. Imagina na Copa, imagina nas Olimpíadas!

Viva essa energia! Mascote dos Jogos Pan -Americanos - Rio 2007

No final da tarde dessa terça-feira, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, convocou uma reunião as pressas com os presidentes dos 4 principais clubes da cidade para informar que o Engenhão seria interditado. De acordo com o político, o consórcio responsável pela execução da obra constatou que a cobertura do estádio tinha problemas estruturais. Construído para os Jogos Pan-Americanos de 2007, o Engenhão custou 380 milhões de reais, valor seis vezes maior do que estava previsto no orçamento inicial, que orçava a obra em 60 milhões de reais.
É vergonhoso, escandaloso, embaraçoso, criminoso, algo realmente constrangedor, que causa-nos verdadeiro escárnio. Como pode um estádio com pouco mais de 6 anos de uso apresentar problemas na sua estrutura? A obra não deveria ser o maior legado do Pan? Como pode um "legado" que custou tão caro apresentar problemas graves em tão pouco tempo? Com a palavra os gestores responsáveis, ou seria melhor chamá-los de irresponsáveis? Mas eles vão falar? Muito provavelmente não. A não ser que sejam chamados para fazer isso em juízo. Mas no Brasil? Com a justiça brasileira? Dependendo do senso de indignação do brasileiro? Dependendo da vontade dos políticos? É certo. Vai acabar em pizza!
Se isso aqui fosse um país realmente sério, tudo isso deveria ser apurado e os responsáveis punidos. Se fosse sério! Então, o ex-prefeito Cesar Maia, seu secretário de esportes Eduardo Paes (atual prefeito do Rio), Carlos Nuzman (presidente do COB), os engenheiros, as construtoras e todos os demais responsáveis pela execução da obra deveriam responder por tudo isso. Como uma obra que custou 6 vezes mais do que o valor previsto pode apresentar problemas estruturais tão graves?

Revolta, mas também causa vergonha alheia: Arnaldo Antunes cantando
 "viva essa energia!", tema dos jogos Pan-Americanos do Rio 2007.

Se fosse sério, o Ministério Público estadual e federal deveriam chamar todos os envolvidos para prestar esclarecimentos. Deveria investigar os possíveis e prováveis superfaturamentos, tão denunciados já desde a época da construção. Em relação a isso, será que não temos motivos suficientes para desconfiar? Temos. E temos muitos! Basta atentarmos para o fato de que a Delta "venceu" a licitação e assumiu as obras de construção do Engenhão. Para quem não lembra, a Delta é a mesma empresa que envolveu-se com o contraventor Carlinhos Cachoeira. É a mesma que foi investigada por fraudes em licitações, superfaturamento de obras públicas, etc, etc, etc. Durante a execução das obras, a Delta abandonou a construção, alegando, justamente, que não tinha capacidade de tocar a cobertura da obra.
As pressas, esses nossos gestores assinaram um contrato com a OAS e a Odebrecht, que assumiram a obra, mas deixaram claro que não se responsabilizariam por eventuais erros no projeto. Agora pergunto: e de quem é a responsabilidade? As falhas estruturais decorrem de erros do projeto ou da construção? Muitas são as perguntas que esperam por respostas. O fato é que praticamente todas as obras construídas para o Pan não foram aproveitadas, não deixaram legado a população. Muitas viraram elefantes brancos, foram sucateadas ou simplesmente estão sendo destruídas ou reconstruídas. Para que? Para as Olimpíadas do Rio de Janeiro de 2016. Diante disso, não posso deixar de lembrar dos estádios da Copa do Mundo de 2014. Inevitavelmente, não posso deixar de parodiar um famoso comercial, dizendo o seguinte: "imagina depois da Copa!" Imaginou? Agora, "imagina depois das Olimpíadas!"

Ps. Indico a leitura dos blogs dos jornalistas PVC  e Lúcio de Castro, que trazem ótimas informações e comentários sobre o assunto. Lúcio de Castro foi quem, inclusive, postou esse vídeo que reproduzo abaixo.

Feras da engenharia. Esse é o título desse documentário da Discovery,
 feito com intuito de engrandecer a obra. No entanto, já é possível
 observar no vídeo os problemas na construção da cobertura,
 relatados pelos próprios engenheiros.

sábado, 23 de março de 2013

Rodada de clássicos no Campeonato Paraibano. Confira o histórico de confrontos do Botauto e do Clássico dos Maiorais.



Em um final de semana de clássicos, a 4° rodada do Campeonato Paraibano promete fortes emoções para os torcedores paraibanos. Em João Pessoa, Botafogo-PB e Auto Esporte disputarão o Botauto de número  307 da história do clássico pessoense. Até agora o Belo tem ampla vantagem no confronto direto, pois ganhou 160 jogos e marcou 533 gols. O Clube do Povo, por sua vez, venceu apenas 66 partidas, balançando as redes do rival 311 vezes. Ao longo dos mais de 70 anos de clássico, os dois times da capital ainda empataram 81 jogos. O momento atual das duas equipes é bastante diferente. Enquanto o alvirrubro  é líder da competição, o Belo amarga o penúltimo lugar, que reflete o péssimo começo de 2° turno do time que foi campeão simbólico do 1° turno. Por tudo isso, o Auto Esporte tem grandes chances de sair com uma vitória, apesar do empate também ser um ótimo resultado para o Clube do Povo.
O Botauto será realizado nesse domingo (24 mar., 17h) no estádio Almeidão, que estava interditado, mas será reaberto para a disputa do clássico. Tanto o Auto Esporte quanto o CSP reclamaram bastante dessa liberação, pois o estádio ainda está em reforma, por isso os dirigentes dos clubes sugeriram que os responsáveis por essa reabertura beneficiaram o Botafogo-PB, mandante do clássico. O promotor responsável pelo caso afirmou que o jogo servirá para testar o novo gramado do Almeidão. O presidente do Clube do Povo protestou, afinal, o Auto Esporte prefere jogar na Graça. A diretoria do CSP mostrou-se verdadeiramente indignada, já que não teve o estádio liberado para jogar contra o Coritiba pela primeira fase da Copa do Brasil. Diante disso, o presidente do Tigre fará um novo pedido para mandar essa partida no estádio Amigão. Vamos esperar para ver se o CSP será atendido da mesma forma como foi atendido o Botafogo-PB.
Em Campina Grande teremos um outro grande clássico: Campinense x Treze, o chamado Clássico dos Maiorais, que será realizado no estádio Amigão, também nesse domingo (24 mar., 17h). A mais de 50 anos os dois times disputam esse clássico, que é visto por muitos como um dos maiores do Brasil, devido a rivalidade entre as torcidas. No histórico dos confrontos, a Raposa leva vantagem sobre o Galo. Em 382 jogos disputados, o Campinense venceu 133, enquanto o Treze ganhou 100 partidas, tendo ainda acontecido 149 empates. Os dois times passam por momentos muito diferentes. O rubro-negro está em alta, pois acabou de sagrar-se campeão da Copa do Nordeste, já o alvi-negro está em baixa, ainda não venceu e ocupa a última colocação no 2° turno. O Galo, no entanto, já tem vaga garantida para a fase final do campeonato, resultado que não deixa de mostrar a força do time.
Por se tratar de um grande clássico, o jogo promete ser bastante disputado, pois, se a Raposa é campeã da Copa do Nordeste, o Galo fez um ótimo primeiro turno de Campeonato Paraibano. Assim, enquanto o Campinense tentará mostrar a força de campeão do Nordeste, o Treze buscará carimbar a faixa do seu maior rival, provando que pode enfrentar de igual para igual o detentor do torneio regional nordestino. A partida terá ainda um outro interessante atrativo, pois marcará a estreia de Vica, antigo treinador do Fortaleza, que é o mais novo técnico do Galo. Essa novidade deixa o clássico ainda mais quente, já que Vica e Oliveira Canindé se enfrentaram nas semi-finais da Copa do Nordeste, quando o Campinense eliminou o Fortaleza, o que resultou na saída de Vica do time cearense. Se jogar para valer, acho que o Campinense é favorito, mas como se trata de um clássico, tudo pode acontecer.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Na segunda partida com Felipão, Brasil empata com a Itália. Com o resultado, jejum de vitórias nos clássicos continua.

Brasil empata com a Itália e continua sem vencer clássicos.

Em amistoso disputado na Suíça, a seleção brasileira empatou com à Itália por 2 x 2. Esse foi o segundo jogo da seleção sob o comando de Felipão, que continua sem vencer depois da sua reestreia. Mais grave do que o empate, sem dúvida, é o fato que o Brasil não vence uma grande seleção do futebol mundial há mais de 3 anos. A última vitória em um clássico ocorreu no longínquo ano de 2009, em um amistoso contra a Inglaterra, que terminou com o placar de 1 x 0 para a seleção brasileira (gol do atacante Nilmar), na época dirigida ainda por Dunga. De lá para cá, o Brasil disputou aproximadamente 6 grandes clássicos, ou talvez até 8, se considerarmos os jogos contra a Holanda um clássico do futebol mundial. Como podemos conferir mais abaixo, o time brasileiro teve um péssimo desempenho nesse período, pois, quando enfrentou grandes forças do futebol, em jogos com as seleções principais, perdeu 6 e empatou apenas 2 partidas.

Brasil 1 x 2 Holanda (Copa do Mundo - 2010)
Brasil 0 x 1 Argentina (Amistoso Oficial - 2010)
Brasil 0 x 1 França (Amistoso Oficial - 2011)
Brasil 0 x 0 Holanda (Amistoso Oficial - 2011)
Brasil 2 x 3 Alemanha (Amistoso Oficial - 2011)
Brasil 3 x 4 Argentina (Amistoso Oficial - 2012)
Brasil 1 x 2 Inglaterra (Amistoso Oficial - 2013)
Brasil 2 x 2 Itália (Amistoso Oficial - 2013)

Nesses últimos 3 anos, sob o comando de 3 técnicos diferentes, a seleção perdeu para França, Alemanha, Inglaterra e Holanda, virando ainda freguês da Argentina, já que foi derrotada 2 vezes pelos Hermanos. Diante dos resultados, mas, principalmente, do futebol apresentado, não dá para esconder que andamos mal das pernas. Se formos realistas, veremos que a situação não tende a melhorar. A mudança de comando na seleção brasileira veio no pior momento possível, pois ocorreu justamente quando Mano Menezes começava a dá forma ao time, que aos poucos estava adquirindo uma cara, um estilo de jogo. É bem verdade que o Brasil também estava muito longe de agradar com o antigo técnico, mas, pelo menos, a equipe mostrava sinais de evolução e tinha perspectivas promissoras, já que o trabalho estava em andamento. Com a chegada de Felipão, no entanto, parece que o time será mais uma vez montado do zero. Em relação a isso, o mais grave é que estamos há poucos meses da Copa das Confederações e há pouco mais de 1 ano da Copa do Mundo, o que torna a montagem da equipe um desafio, uma verdadeira corrida contra o tempo.
Na partida contra a Itália, a seleção brasileira até fez um bom primeiro tempo, mas, sobretudo durante a segunda etapa, ficou claro que a seleção italiana está pelo menos um degrau acima do nosso escrete. Com  um novo comando, a equipe começou a mudar bastante, e aos poucos Felipão vai deixando o time com a sua cara. Taticamente, o Brasil parece ter entrado para o jogo com uma postura mais defensiva, com volantes mais fixos, mais preocupados com a marcação. Como consequência, a seleção jogou mais no contra-ataque, marcando seus dois gols dessa maneira. Nosso time até teve um pouco mais de posse de bola, mas isso não representou o domínio da partida, que ficou nas mãos dos italianos durante boa parte da peleja. Além disso, a seleção brasileira jogou de maneira descompactada, com muitos espaços entre os três setores: defesa, meio e ataque. Os italianos criaram mais chances de gol, por isso estiveram mais próximos da vitória. Se ganhassem a partida, não seria nenhum absurdo. Com esse resultado de empate, o histórico de confronto entre as duas seleções não se alterou. O Brasil mantém ainda uma pequena vantagem sobre os italianos, que não vencem a nossa seleção desde 1982, quando eliminaram a equipe brasileira da Copa do mundo da Espanha.

Brasil x Itália: histórico dos confrontos diretos após o empate por 2 x 2.

Total 

Total 
 
Brasil

Itália 
15
Número de Partidas 
15
 7
Vitórias 
 5
 3
Empates 
 3
 5
Derrotas 
 7
 24
Gols a favor 
19 
 19
 Gols sofridos
 24


quarta-feira, 20 de março de 2013

Confira a classificação final da Copa do Nordeste 2013. Veja como o Campinense é campeão com méritos, seu título inédito é muito mais do que merecido.

Campinense: foto do poster do time campeão da 
Copa do Nordeste de 2013.

O Campinense foi merecidamente campeão da Copa do Nordeste 2013. Isso é o que nos mostra os números relativos a classificação final do torneio regional. Para chegar ao título da competição, a Raposa  venceu 7, empatou 3 e perdeu apenas 2 partidas. Nenhuma outra equipe obteve mais vitórias e mais pontos do que o Campinense, que em 12 jogos somou 24 de um total de 36 pontos possíveis, o que lhe garantiu a primeira colocação geral da Copa do Nordeste. É bem verdade que os 10 gols sofridos não colocaram a defesa do time paraibano entre as menos vazadas, mas o ataque ajudou a compensar essa deficiência, já que a equipe terminou com o melhor ataque, marcando 17 gols. Com esse desempenho, a Raposa tornou-se campeã de fato e de direito. Realmente, não há o que contestar! O Campinense demonstrou ser melhor não apenas na fase do mata-mata, pois, também, obteve a primeira colocação na classificação geral e final, que leva em conta o número de pontos marcados, o número de vitórias, o saldo e a quantidade de gols marcados e sofridos, além de outros critérios utilizados para definir a posição de cada time. Na verdade, todos esses dados apenas corroboram e confirmam o futebol que o time paraibano apresentou dentro de campo, fazendo com que esse título seja muito mais do que merecido.
No entanto, a classificação final do campeonato fornece ainda dados interessantes e curiosos, que não deixam de nos ajudar a entender o desempenho dos clubes. O Sport, por exemplo, sofreu apenas 5 gols e terminou com a melhor defesa da competição, garantindo a 6° posição do torneio. O time pernambucano também não foi derrotado, mas empatou 5 partidas, sendo eliminado de forma invicta justamente por conta desses empates. Falando dos piores, não podemos deixar de mencionar a fraca campanha do Sousa (PB), que ficou em penúltimo lugar, muito porque não obteve nenhuma vitória, teve o pior saldo (-10) e a defesa mais vazada (14 gols sofridos). O único clube que conseguiu ser pior do que o time paraibano foi o Feirense, último colocado com a penas 1 ponto marcado e o pior ataque da competição, apenas 4 gols em 6 jogos. Logo abaixo, apresentamos a classificação final da Copa do Nordeste 2013, que mostra não apenas a superioridade da Raposa, mas também a colocação de todas as equipes que participaram da competição.

Classificação Final da Copa do Nordeste 2013

Classificação
Pontos
 Jogos
Vitória
Empate
Derrota
Gols Pró
Gols Contra
Saldo de Gols 
Campinense
 24
12
7
3
2
17
10
7
Asa
17
12
5
2
5
13
13
0
Fortaleza
17
10
5
2
3
14
12
2
 Vitória
16
8
5
1
2
14
10
4
Santa Cruz
16
8
5
1
2
13
10
3
Sport
14
8
3
5
0
15
5
10
Ceará
 14
10
4
2
4
13
12
1
ABC
11
8
3
2
3
13
8
5
Confiança
8
6
2
2
2
7
8
-1
10°
Bahia
8
6
2
2
2
6
8
-2
11°
América/ RN
7
6
2
1
3
6
6
0
12°
CRB
6
6
2
0
4
8
9
-1
13°
Salgueiro
6
6
2
0
4
5
11
-6
14°
Itabaiana
5
6
1
2
3
6
11
-5
15°
 Sousa
2
6
0
2
4
4
14
-10
16°
Feirense
1
6
0
1
5
4
11
-7