Zico comemora gol de falta contra o Botafogo no Maracanã. Por sugestão
do próprio galinho a imagem serviu de modelo para a estátua.
Nesse domingo, dia 03 de março, Zico completa 60 anos de idade. Como bem destacou o jornalista Renato Maurício Prado, essa data tem o mesmo significado do Natal para os rubro-negros, pois da mesma forma que os cristãos dividem o tempo em antes e depois do nascimento de cristo, os flamenguistas dividem a sua história em antes e depois de Zico. De fato, o galinho, apelido por qual ficou conhecido, pode ser considerado, sem nenhum exagero, o maior jogador da história do Flamengo. Em 732 jogos com o manto sagrado, ele fez incríveis 509 gols, média de 0,70 por partida, tornando-se o maior artilheiro da história do time carioca. Na década de 1980, jogando com uma geração de craques, ganhou todos os títulos possíveis na época, ajudando o clube da Gávea, que tinha apenas conquistas regionais, a ganhar projeção nacional e internacional. Ao longo dos 20 anos em que defendeu o Flamengo, sagrou-se campeão da Libertadores (1981), do Mundial de Clubes (1981), do Campeonato Brasileiro (1980, 1982, 1983 e 1987) e do Campeonato Carioca (1972, 1974, 1978, 1979 - 2 vezes - , 1981 e 1986). A essas conquistas, somaram-se uma outra série de taças e troféus, conquistados também entre as décadas de 1970 e 1980, em torneios nacionais e internacionais: Taça Guanabara, Taça Rio, Troféu Ramón de Carranza, Torneio Internacional de Nápoles, Torneio Internacional de Hamburgo, entre outros títulos.
Na seleção brasileira, seus números também impressionam, e traduzem o bom desempenho individual do camisa 10 da Gávea. Em 88 jogos com a "amarelinha" fez 66 gols (média de 0,75 por partida), tornando-se o 4° maior artilheiro da seleção brasileira. Não ganhou uma Copa do Mundo, nem tampouco outras competições importantes, conquistando apenas torneios menores como o Torneio Pré-Olímpico (1971), as Copa Roca e Rio Branco (1976), o Mundialito de Cáli (1977) e o Torneio Bicentenário do EUA (1976). Muitos dos seus detratores costumam criticá-lo por não ter conquistado um campeonato mundial com a seleção, mas o jornalista Fernando Calazans ofereceu uma ótima resposta a essa injustiça: "Se Zico não ganhou uma Copa do Mundo, o azar é da Copa do Mundo". Fora do Brasil, o galinho ainda jogou na Udinese (1983-1985) e no Kashima Antlers (1991-1994), onde conseguiu ganhar mais alguns títulos. Na Itália permaneceu pouco tempo, mas mesmo assim manteve a média de 0,70 gols por partida, marcando 56 gols em 79 jogos. No Japão Zico fez história, pois, com os seus muitos gols, ajudou a desenvolver o futebol nesse país. Individualmente, ganhou vários prêmios ao longo da sua vitoriosa carreira, dentre os quais destacam-se as Bolas de Prata como jogador (1974, 1975, 1977, 1982 e 1987) e artilheiro (1980 e 1982), bem como as Bolas de Ouro (1974 e 1982), todos oferecidos pela revista Placar.
Inauguração da estátua de Zico na Gávea. Imagem lembra comemoração
no 3 x 3 contra o Botafogo pelo Campeonato Carioca de 1989.
Por toda essa trajetória, por todos esses números, Zico merece ser celebrado e homenageado nesse dia tão especial em que completa 60 anos. A nova diretoria do Flamengo, motivada por grande parte da torcida, homenageou o craque rubro-negro ontem pela manhã na Gávea, inaugurando uma estátua de bronze do galinho. É bem verdade que essa é uma homenagem tardia, pois, por tudo que fez pelo Flamengo, Zico merecia a tempos uma estátua na sede do clube. Mas antes tarde do que nunca. Pelo menos o galinho está vivo e pôde ver essa merecida homenagem. Para celebrar essa data tão especial, reproduzimos abaixo uma entrevista inédita feita pela rádio CBN no domingo passado, dia 24 de fevereiro. O programa foi um especial sobre os 60 anos de Zico, que foi entrevistado pelos jornalistas Evaldo José, Alvaro Oliveira Filho, Carlos Eduardo Eboli, Francisco Aiello e Leandro Lacerda. Vale muito a pena acompanhar. Encerro essa postagem apenas desejando vida longa ao eterno camisa 10 da Gávea.
Primeira parte: Zico fala sobre a família, o início no futebol, a relação
com os irmãos boleiros, o Flamengo da década
de 1980 e a Libertadores de 1981.
Na segunda parte, o galinho responde perguntas sobre o Mundial de
Clubes de 1981, o fortalecimento muscular por qual se submeteu
no início da carreira e a grave contusão no joelho.
Clubes de 1981, o fortalecimento muscular por qual se submeteu
no início da carreira e a grave contusão no joelho.
no futebol atual, o grande camisa 10 do Flamengo
pós-Zico e seleção brasileira.
passagem pela Itália e sobre craques como Neymar e Messi.
curtas, faz uma espécie de tabelinha com os jornalista.
(tabelinha) e destaca sua relação com Sandra, sua mulher.
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